domingo, 20 de junho de 2010

O Fenômeno chamado ''Twitter''


Por Antonio Bandeira Neto

O twitter (rede de microblogs, onde se posta tudo, desde algo pessoal até links de cunho empresarial) já existe a algum tempo no mercado; mas, é fato indubitável que somente a bem pouco tempo ele veio obter uma repercussão tão elevada, caracterizando assim um fenômeno ainda pouco debatido, se avaliarmos sua magnitude no espaço-tempo internetesco. Eu, antes de possuir o meu, é claro, me perguntava piamente o porquê de tanto sucesso. No entanto, após adentrar na rede (mal e porcamente , eu confesso, mas inserido nela) fiz importantes descobertas sobre o sucesso do twitter. Esse post é [também] sobre elas.

Primeiramente o twitter oferece a todos a oportunidade de saber, em tempo semi-real, para não dizer REALÍSSIMO, os acontecimentos do mundo inteiro. Você pode, da cadeira do seu computador, ficar antenado sobre a mais diferenciada gama de assuntos globais, só é necessário que você ''siga'' o seu alvo e, assim, todos os ''tweets'' dele virão rumo a você, como um pombo-correio com velocidade da luz. Invertendo o processo, o twitter também te proporciona dizer ao mundo o que te der na telha, desde compartilhar seu gosto musical até espalhar links com seus produtos para venda. Com um simples comando, você pode introduzir uma ''hashtag'' própria sobre seu assunto preferido e, através dela, criar um canal personalizado de comunicação. Como se isso tudo ainda não fosse suficiente para tornar a idéia do twitter atraente, o microblog ainda é totalmente personalizável, oferecendo uma infinidade de maneiras para deixar tudo muito mais a sua cara. Além de ter um espaço próprio para fornecer e receber informações em alta-velocidade, ainda pode fazê-lo ter sua cara, proporcionando mais personalidade aos seus tweets.

Claro que ainda existem 'n' fatores a mais para se utilizar do serviço e se satisfazer com ele, e, óbvio que também há muita coisa a ser melhorada e aperfeiçoada. O twitter, por ter tido um crescimento tão explosivo e de escala tão gigantesca, se tornou algo similar ao antigo apelido da Rússia : ''Um gigante com pés-de-barro''. O serviço é altamente instável, e pelo uso massivo o servidor tem frequentes [e chatas] quedas, deixando os utilizadores mais assíduos simplesmente ensandecidos e desnorteados (Não é meu caso! hehe...)

Apenas para concluir; O twitter se solidificou como potência absoluta na redes de relacionamento na internet e muito dificilmente será desbancado por alguma outra. Resta-nos observar quais atualizações e applies serão feitos para sua melhoria. Já utilizamos twitter via celular, iPhone, BlackBerry... E já não é surpresa aparelhos destas linhas utilizarem aplicativos voltados para o twitter para se destacarem dos seus concorrentes na economia de mercado. Espero deveras curioso para ver até onde podemos chegar, rompendo as barreiras e globalizando as informações.

(Ou pelo menos aquelas que os governos permitem, mas isto, já é uma outra história...)

sábado, 19 de junho de 2010

Educação Global.

Por Antonio Bandeira Neto

É de conhecimento geral que vivemos em um País Brasilis de economia de terc
eiro mundo. A economia concatena e influencia todos os segmentos socio-culturais de determinada localidade, lógico, em soma com seu passado antropológico e suas crenças religiosas, encontramos um grande guisado de informações que influenciam na ação de um povo. Aprioristicamente, a Educação vem como primeiro fator a ser levado em conta, quando se deseja analisar o mundo de um, ou melhor, de qualquer ponto de vista.
Hoje, em nosso cotidiano, a Educação sofre massiva repressão política, sem incentivos nem acréscimos influenciados pelo regime democrático vigente. O que vemos, em lugar disso, é uma grande e hipócrita massificação da educação, para que esta somente atinja a pessoas com perfis pré-determinados e dominantes, em detrimento da população como um todo, do povo brasileiro em geral, e por conseguinte, em detrimento da nação.
Não adianta apenas sentar e reclamar. Os multifacetados ativistas levantam e vão as ruas lutar pelos seus direitos. Não no Brasil. Temos, ao mesmo tempo uma cultura conformista
e uma ‘’preguiça’’ social que nos torna estáticos frente a tais problemas.Creio que nada dito aqui soou como novidade para os senhores, no entanto, se impetrarmos uma indagação personalíssima e filosoficamente embasada, o que fizemos ou estamos fazendo para mudar o panorama educacional brasileiro? Sei que as respostas serão negativas.
Esse trabalho fundamenta-se na intenção de acender em vós toda esta chama revolucionária e de revolta, propriamente dita, pois a Educação funciona como um eterno devir circundante, e para que ajamos de forma a alterar tais feitos é necessário que um processo educacional seja realizado previamente, promovendo consciência e semeando indignação para com tal paradigma repugnante. Veja, este próprio trabalho é um processo educativo, atendendo pois aos pré-requisitos de informar e contribuir para um acréscimo de conhecimento por parte de todos vocês. Se hoje o brasil ‘’erradicou’’ o analfabetismo, não necessariamente é uma falsa notícia, mas com certeza não é verídica. Pois o que é denominado Analfabetismo Funcional ainda reina, e crianças , sim , crianças, são vistas em corpos de adulto, sem saberem o básico não só da língua portuguesa, bem como de todas as outras áreas do saber.
Desenvolver o senso crítico para situações-problema , como a citada no exemplo, é um processo educativo, e é o nosso objetivo com esse singelo trabalho. Focar o desinteresse e desintegrálo através da vontade de saber e do amor ao conhecimento é preocupação nossa e condição sine qua non para que obtenhamos um crescimento consistente não apenas na área Educacional, mas em todas que dela emergem, que vai desde a formação de cidadãos, até a própria formação profissional.



O INEP ( Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) brasileiro é responsável por uma série de coleta de dados educacionais que nos auxiliarão nas páginas seguintes a termos uma idéia embasada do que foi, poeticamente, discorrido acima.
Seccionando os dados em forma de sinopses, ele visa organizar e padronizar o estudo estatístico de como se dispõe os Professores dentre os vários segmentos da rede educacional brasileira. Entramos, pois, numa área de risco, pois nos remete a uma reduzida quantidade de profissionais da área visando atender uma demanda excessivamente grande de clientes, por assim dizer, com uma remuneração precária, uma desvalorização usual e, o que é ainda pior, uma indredulidade por parte da população. Nos deparamos com mais uma massificação, desta vez não da arte de educar, mas sim, do educador em si. O Profissional desmotivado por parte de todos que o rodeiam, cai em eficiência, torna-se um profissional mecânico, sem a dinâmica essencial ao lecionar, empobrecedor e elemento-base para a propagação da já em detrimento carreira dos profissionais da Educação.
Por parte , vale salientar nossa culpa indireta ao desmerecermos o professor como profissional fundamental que é para a pró-formação de todos os outros profissionais, afinal de contas, todos já foram discentes um dia em suas vidas. Não há, portanto, porque pensar que esta causa é perdida, pois existem ainda crédulos como eu, em que, muito em breve, a profissião receberá o devido glamour e caia, mais uma vez ,na graça dos brasileiros, como aconteceu na Coréia do Sul, por exemplo.
Duas caras da mesma moeda. A Educação é sem dúvidas a área de investimento que mais proporciona retornos ao país/região/Estado/Município investidor. O grande xis da coisa se encontra no fato desta ser um investimento com retorno de longo prazo. Você não pode esperar que as alterações feitas no piso salarial do professor, ou no FUNDEB vá surtir efeitos daqui a 1, 2 anos. São ações que, vagarosamente, vão se espalhando como uma doença-boa no sistema, infectando a todos e , só depois de uma grande, gigantesca disseminação e aceitação e , vale ressalvar, isto só vem com o tempo, ela surtirá efeitos palpáveis. Vejamos o exemplo de países que fizeram isto. A Coréia retrocitada investiu em educação na década de 70 e manteve o crescente interesse em tal, hoje é um dos países com o maior crescimento econômico (aproximadamente 9 %, anualmente); suas crianças e velhos passaram a ter uma melhor qualidade de vida; as pessoas um maior senso crítico e a Coréia do Sul deu um salto enorme no panorama global. A China é outro exemplo, repleta de políticas educacionais motivacionadas (pra não falar obrigatórias né, fica feio...) pela República ‘’Popular’’ da China; lá a educação começa obrigatoriamente aos 6 anos de idade, formando assim uma linearidade basilar e uma igualdade de competição no mercado estudantil e , futuramente, financeiro. Resultado, a china hoje é a maior superpotência do mundo, superando gigantes como USA, Canadá e seu primo, o Japão.
Com tais dados somos obrigados a reconhecer que há uma longa estrada a ser trilhada por todos nós. Se formos juntos , será algo muito mais rápido, mas se nos mantermos divididos e seccionados, não haverá unidade no crescimento, continuaremos a ver o que já existe, uma polarização da educação, onde muitos tem pouco e pouco tem muitos, reflexo social e econômico da monopolização de renda e de capital financeiro e tecnológico dentro do Brasil, e por assim dizer , no mundo. Onde ainda há nítida sobreposição econômica beirando a soberania de certos países sobre outrens.
Immanuel Kant, filósofo alemão, tinha um fundo Educacional-Moral. O que é isto? É uma ética que se baseia nos fatos do imperativo categórico, que vem a ser o princípio basilar para todos os atos. Não agirás pois se não quiseres que se torne lei universal, era isso que apregoava tal fundamentação kantiana. Basilados nisso, temos que concordar que, para que a educação seja completa, ela não deve se ausentar dos princípios éticos, tampouco dos valores morais. Deve ser portanto um misto de técnica com espírito, conteúdo com responsabilidade social.
Finalizamos pois esse rápido ensaio sobre educação, com uma frase do pensador recentemente falecido, José Saramago. Para que continuemos sempre em frente, acreditando em nosso potencial, e em nossos cérebros que, nascidos nessa terra verde-loura, são privilegiados por tão fortes cabeças pensantes:




“Sempre chega a hora em que descobrimos que sabíamos muito mais do que antes julgávamos saber.”
- José Saramago, In Memorian.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

World Cup


'Bem, caro amigo da rede gl...''

Alguém ousaria iniciar um post com esse assunto de outra maneira? Seria um sacrilégio, não é verdade? 'Mas caros companheiros, hoje vamos fazer um post feijão-com-arroz sobre a Copa do Mundo e seus efeitos nos nossos cotidianos. Normalmente eu falaria sobre os efeitos negativos que a Copa, e apenas a Copa, tem sobre a mídia brasileira. Não morre mais ninguém no Brasil, os assaltos cessaram, os problemas solveram-se frente à paixão brasileira pelo futebol-arte. Eu sei, porque eu também sou um aficionado assumido!

No entanto, venho ressalvar a importância da Copa para o seu país-sede, a África do Sul. Não, não por ele ser um ''País-Negro'', como alguns intitulam, nem por suas condições desfavoráveis, nem por ele ter sido explorado por muito tempo pelos Imperialistas. Venho ressalvar a importância desta copa ser lá, para renovar em nós um valor que há muito tem sumido aos poucos.

Temos jurisprudência suficiente para dizer que o Futebol no Brasil é uma fonte concreta disseminadora de conflitos que, não obstante findam em homicídios. Dolosos ou Culposos, doloridos. A África vem nos dar uma lição do que é o futebol, mais que isso, do que é a convivência humana. Torcidas rivais de mãos dadas, festejando o espetáculo de suas equipes em campo. Durante o jogo, rivais; Fora dele, companheiros. Quanta dor não evitaríamos com esta simples mudança? Com esse simples gesto humano? As mesas dos gabinetes jurídicos se superlotam com casos deveras dignos de atenção, e ainda vem o cidadão impetrar à causa pública mais essa preocupação? Não é justo com o Direito, não é justo com a sociedade, e portanto, não é justo para consigo mesmo.

Somos reflexo do que queremos, e como agimos. Seja em um estádio de futebol, seja na escola dos seus filhos, seja na empresa ou no emprego. E o reflexo, caros amigos, nunca mente.


Antonio Bandeira Neto (@Abandeiraneto)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Abertura.

Nota Rápida:

Pois é galera, cá nos encontramos denovo, em mais uma empreitada blogueira deste que vos fala. Não vai ser um blog pessoal, propriamente dito. Vai ser um lugar onde haverá interação e conglomeração de conhecimentos jurídicos, levando em conta todo o panorama social que se estende e suporta o sistema citado. Espero que desta vez, sinceramente, este blog sobreviva, já que não o terei apenas em minhas mãos, mas dos meus célebres colegas que, junto comigo, irão arriscar nesse projeto.


Agradeço desde já,

Antonio Bandeira Neto.